Bancários entram em greve em 25 estados e mais DF por tempo indeterminado por reajuste da inflação e mais 5%.

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Cerca de 300 agências bancárias estão fechadas nesta terça-feira no Rio de Janeiro. De acordo com o Sindicato dos Bancários do Rio, a greve, que começou hoje e não tem data para acabar, já conta com a participação de 12 mil bancários, cerca de 37% dos 32 mil profissionais que atuam no município do Rio. A expectativa inicial do sindicato era de que 400 agências não funcionassem.

A maior parte das agências, segundo Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários do Rio, está concentrada no Centro da cidade. Há a participação de bancos públicos e privados. A categoria pede um reajuste total de 12,8%. Além da inflação, pede um reajuste real de 5%.

Os bancos só ofereceram, além da inflação, um reajuste real de 0,56%. Eles estão intransigentes. No ano passado, a greve durou 15 dias. O lucro dos bancos aumentou 19,4% no último ano. Amanhã, a adesão vai aumentar e chegar em novos bairros – diz Almir.

A greve dos bancários atinge 25 estados e o Distrito Federal, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Até agora, foram realizadas cinco rodadas de negociações.

Com a força da greve, esperamos retomar as negociações com a Fenaban e conquistar uma proposta melhor para os bancários – disse Carlos Cordeiro, presidente da Contraf.

A greve, por tempo indeterminado, foi decidida na última quinta-feira e a paralisação começou hoje. Ontem, os trabalhadores voltaram a realizar assembleias nos estados para montar um esquema especial de greve. Cordeiro disse que “a proposta dos bancos não inclui valorização do piso salarial, não amplia a participação nos lucros e muito menos traz avanços em relação às reivindicações de emprego e melhoria das condições de trabalho. Os bancários reivindicam fim da rotatividade, mais contratações, fim das metas abusivas, combate ao assédio moral e mais segurança.